A autoria da oração é atribuída ao monge Hermano Contracto,
que a teria escrito por volta de 1050, no mosteiro de Reichenau, no Sacro
Império Romano-Germânico. Naquela época, a Europa central passava por
calamidades naturais, epidemias, miséria, fome e a ameaça contínua dos povos
nómadas do Leste, que invadiam os povoados, saqueando-os e matando.
Frei Contracto nascera raquítico e disforme e, na idade
adulta, andava e escrevia com dificuldade. Foi nesta situação que criou esta
prece, mesclando sofrimento e esperança.
Segundo a crença, quando nasceu e constataram o raquitismo e
má-formação do bebé, sua mãe, Miltreed, consagrou-o no leito a Maria, sendo ele
educado na devoção a ela. E, anos mais tarde, foi levado de liteira, por ser
deficiente físico, até Reichenau, onde, com o tempo, chegou a ser mestre dos
noviços.
Quando veio a ser conhecida pelos fiéis, a "Salve
Rainha" (em latim: "Salve Regina") teve um sucesso enorme, e logo era rezada e cantada em
muitos locais. Um século mais tarde, ela foi cantada também na Catedral de
Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a
do imperador Conrado III e São Bernardo, conhecido como o "cantor da
Virgem Maria", ele que foi um dos primeiros a chamá-la de "Nossa
Senhora". Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da
"Salve Rainha", cujas últimas palavras eram "mostrai-nos Jesus,
o bendito fruto do vosso ventre", no silêncio que se seguiu, São Bernardo
que gritou sozinho no meio da catedral: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce e
sempre Virgem Maria"... E, a partir dessa data, estas palavras foram
incorporadas à "Salve Rainha" original.
in, Wikipedia
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